Basílica de Nazaré entrega restauro histórico e reforça preparação espiritual para o Círio
Primeira fase da obra inédita preserva memória centenária, valoriza devoção mariana e conecta o presente ao legado do primeiro Círio.
Belém vive nesta segunda-feira (8), um dia que une história, fé e cultura. A entrega da primeira fase do restauro interno da Basílica Santuário de Nazaré, é marcada pela missa solene presidida por Dom Júlio Endi Akamine e concelebrada pelos padres Barnabitas, não poderia ter data mais simbólica: a Solenidade da Natividade de Nossa Senhora e o Dia Municipal de Nossa Senhora de Nazaré, instituído em memória ao primeiro Círio. Um marco que vai muito além da arquitetura: é preparação espiritual e cultural para a grande romaria de outubro.
O feito é inédito. Em 114 anos desde a inauguração da Basílica, nunca havia sido realizado um restauro integral de sua parte interna. Foram 21 meses de trabalho minucioso para recuperar vitrais, pinturas, forros, esculturas e capelas laterais, sempre com o templo de portas abertas, respeitando a devoção popular.
“É um momento histórico que preserva um patrimônio único da Amazônia”, avaliou Luci Azevedo, coordenadora do projeto, que resumiu o sentimento de conquista coletiva.
Mais do que devolver o esplendor artístico do templo neoclássico, a restauração dialoga com a essência do Círio: a fé que se renova e se prepara para ser vivida em comunidade. Cada detalhe revitalizado, do altar às imagens reforçam o simbolismo de um espaço que acolhe milhares de devotos todos os meses e que, em outubro, se torna o coração pulsante da maior procissão católica do Brasil.
O pároco, padre Francisco Maria Cavalcante, lembrou a urgência do trabalho diante dos sinais do tempo.
“Restaurar a Basílica é preservar um ícone de valor indelével para o Pará e para o Brasil”, afirmou.
A obra, conduzida pela empresa paraense Link da Amazônia com patrocínio do Instituto Cultural Vale, via Lei Rouanet, também insere Belém em uma rede de valorização da memória amazônica que contempla projetos como o Complexo Mercedários e a Bienal das Amazônias.
A cerimônia fserá enriquecida pela subida da Imagem Original de Nossa Senhora ao Glória e por uma mostra audiovisual sobre os bastidores da obra, criando um elo entre fé, arte e história. A Basílica restaurada é mais que um cartão-postal: é testemunho vivo de que a devoção a Nossa Senhora de Nazaré continua sendo a força que une passado e futuro da Amazônia.
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