António Oliveira muda a cara do Remo fora de casa, mas admite: “precisamos evoluir em Belém”
Português soma invencibilidade como visitante e já supera desempenho de Daniel Paulista, mas rendimento no Mangueirão ainda preocupa.
O Remo reencontrou o caminho das vitórias ao bater o Amazonas por 3 a 1, em Manaus, pela 25ª rodada da Série B. O resultado não apenas devolveu o time à briga pelo G-4, como também reforçou uma marca que se tornou cartão de visita do técnico António Oliveira: a consistência longe de Belém. Sob seu comando, o Leão soma seis jogos como visitante sem derrota, três vitórias e três empates, desempenho de 66%.
A comparação com o antecessor é inevitável. Enquanto Daniel Paulista não conseguiu transformar o Remo em um time competitivo fora de casa, António devolveu a confiança do elenco justamente em cenários mais hostis. O português parece ter encontrado equilíbrio tático, principalmente ao lidar com adversários que pressionam em seus domínios.
Mesmo assim, o próprio treinador admite que ainda falta algo fundamental: impor respeito no Mangueirão.
“É evidente que nós temos que melhorar o nosso aproveitamento dentro de casa, precisamos evoluir em Belém e temos essa consciência. No último jogo [contra o Criciúma], fizemos um grande jogo, mas não fomos eficazes”, avaliou António, destacando que a falta de resultados em Belém ainda pesa na caminhada azulina.
O triunfo em Manaus, conquistado em condições adversas de calor e gramado, foi celebrado pelo técnico como prova da maturidade da equipe.
“A equipe adaptou-se muito bem às circunstâncias, foi muito forte na execução do plano estratégico e acaba por ser um justo vencedor”, disse, antes de parabenizar jogadores e torcedores que acompanharam o duelo na capital amazonense.
Agora, o Leão Azul terá uma semana para se preparar para mais um desafio fora de casa: o confronto contra o Vila Nova, no próximo sábado (13), em Goiânia. Se manter a mesma postura que vem mostrando longe de Belém, António Oliveira pode consolidar de vez sua evolução frente ao clube, mas a pergunta que fica é: quando o Remo será igualmente confiável dentro de casa?
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