Justiça espanhola condena Ancelotti a um ano de prisão por fraude fiscal

Técnico da Seleção Brasileira recebe pena de um ano de prisão por não declarar direitos de imagem, mas não deve ir para a cadeia; CBF e treinador ainda não se manifestam.

Ancelotti é condenado a um ano de prisão por fraude fiscalCrédito: Rafael Ribeiro/CBF

A pergunta que ecoa entre os torcedores e no universo do futebol é: "E agora, Carletto?". O técnico da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta quarta-feira (9) pela Justiça da Espanha a um ano de prisão por fraude fiscal. A sentença, proferida por um tribunal de Madri, diz respeito à omissão na declaração de rendimentos obtidos com direitos de imagem no ano de 2014, período de sua primeira passagem pelo Real Madrid.

Apesar da condenação, Ancelotti não deve cumprir a pena em regime fechado. A legislação espanhola é clara: penas inferiores a dois anos, aplicadas a réus primários e sem crimes violentos, costumam ser convertidas em punições alternativas, o que deve ser o caso do treinador italiano.

Além do tempo de prisão, Carlo Ancelotti foi multado em 386 mil euros (cerca de R$ 2,5 milhões). Um valor que, curiosamente, representa menos da metade do que o técnico fatura anualmente à frente da seleção brasileira, onde seu salário é de 10 milhões de euros por ano.

Ancelotti havia se declarado inocente durante o julgamento em abril deste ano, quando o Ministério Público espanhol chegou a pedir uma pena de quatro anos e nove meses de prisão. A Espanha é conhecida por seu controle fiscal rigoroso, e diversas figuras públicas, como Cristiano Ronaldo, Lionel Messi, Neymar e a cantora Shakira, já foram alvo de casos semelhantes.

Até o momento, nem o técnico nem a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sua atual empregadora, se manifestaram oficialmente sobre a condenação. Ancelotti assumiu o comando da Seleção Brasileira em maio de 2025, logo após sua segunda passagem pelo Real Madrid, e a notícia surge em um momento crucial de seu início de trabalho com a equipe.

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