Morre Arlindo Cruz, ícone do samba, aos 66 anos

Sambista carioca faleceu no Rio de Janeiro após lutar por oito anos contra as sequelas de um AVC sofrido em 2017.

Crédito: @arlindocruzobem

Morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, o cantor, compositor e multi-instrumentista Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba brasileiro. O artista faleceu no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por sua esposa, Babi Cruz.

Em 2017, Arlindo sofreu um AVC hemorrágico que o deixou internado por quase um ano e meio. Desde então, enfrentou diversas complicações e internações decorrentes das sequelas.

Nascido e criado no Rio de Janeiro, Arlindo se consagrou como cavaquinista e banjista, além de dominar o violão, que aprendeu ainda jovem com o irmão, Acyr Marques. Estudou teoria musical e violão clássico na escola Flor do Méier e, profissionalmente, teve Candeia como uma espécie de “padrinho musical”.

Após um período em Minas Gerais, na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, retornou ao Rio e mergulhou nas rodas de samba do Cacique de Ramos, tocando ao lado de nomes como Jorge Aragão, Beth Carvalho e Almir Guineto. Foi nesse ambiente que conheceu Zeca Pagodinho e Sombrinha, com quem dividiu parcerias.

Arlindo integrou o grupo Fundo de Quintal por 12 anos, após a saída de Jorge Aragão, gravando clássicos como Seja Sambista Também, Só Pra Contrariar, Castelo de Cera e O Mapa da Mina. Na década de 1990, também brilhou como compositor de sambas-enredo da Império Serrano, escola de seu coração, com vitórias em 1996, 1999, 2001, 2003, 2006 e 2007. Em 2023, a agremiação o homenageou com um desfile em sua história.

O samba perde uma de suas vozes mais marcantes, e o Brasil se despede de um artista que transformou rodas de samba em palcos para a poesia popular.

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