Preta Gil morre aos 50 anos após batalha contra o câncer

Cantora e ativista, filha de Gilberto Gil, deixa legado marcante na música e nas lutas sociais

Crédito: @pretagil

A cantora Preta Gil morreu neste domingo (20), aos 50 anos, em decorrência de um câncer no intestino. Filha do cantor e ex-ministro Gilberto Gil, Preta foi uma figura importante da cultura brasileira, com seis álbuns lançados e atuação destacada na defesa de causas como o combate ao racismo, à gordofobia e os direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+. Preta Gil deixa o filho, Francisco Gil, e a neta, Sol de Maria.


Crédito: @franciscogil

Sua trajetória foi marcada por uma carreira multifacetada: lançou seis álbuns, comandou o tradicional Bloco da Preta, um dos principais do Carnaval de rua do Rio de Janeiro e também se destacou na publicidade como sócia da agência Mynd, voltada para influenciadores digitais.

Em janeiro de 2023, Preta foi diagnosticada com câncer no intestino. Mesmo enfrentando um tratamento intenso, manteve o otimismo e escolheu compartilhar abertamente seus desafios nas redes sociais e em entrevistas, mostrando força e vulnerabilidade ao mesmo tempo.

Carreira

Nascida no Rio de Janeiro em 8 de agosto de 1974, Preta Gil cresceu em meio a um círculo social e artístico efervescente. Seu nome, marcante por si só, também é carregado de simbolismo. “Na minha casa, Preta se tornou nome próprio. Quando fui fazer o registro da Preta Gil, eu falei para a moça registrar Preta. Ela perguntou: 'Preta?' Eu disse: 'Sim. Se for Branca, Bianca, Clara, pode? Acho que a senhora já registrou muitas'. Aí ela colocou”, relembrou Gilberto Gil, seu pai, em uma publicação na rede X.

Preta deu os primeiros passos na música em 2003, com o álbum Prêt-à-Porter, que trouxe faixas como “Sinais de Fogo”, em parceria com Ana Carolina. Desde então, lançou outros cinco discos de estúdio e ao vivo: Preta (2005), Noite Preta ao Vivo (2010), Sou como Sou (2012), Bloco da Preta (2014) e Todas as Cores (2017). Sua discografia inclui colaborações com grandes nomes da música brasileira, como Anitta, Lulu Santos, Ivete Sangalo, Pabllo Vittar e Thiaguinho.

O Bloco da Preta, criado em 2010, rapidamente se tornou um dos mais populares do Carnaval carioca, reunindo milhares de foliões a cada edição.

Além da música, Preta também teve passagens pela televisão, participando de novelas e séries, e se destacou no empreendedorismo ao investir no mercado da publicidade digital.

Ativista declarada, Preta Gil usava sua voz e visibilidade para defender causas sociais. Feminista, lutava contra o racismo, a gordofobia e em prol dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+. Sua arte e sua postura pública a transformaram em um símbolo de representatividade e resistência.

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